terça-feira, 11 de março de 2014

CULTURA VERSUS DEMOCRACIA E RENDIMENTO EM ÁFRICA - UMA ANÁLISE



INDICE


 






INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa debruçar sobre o tema Democracia versus Cultura e nível de rendimento em África tem como objecto de estudo o indivíduo, sendo ele o elemento principal da sociedade. O objectivo geral do trabalho é estudar a democracia e a cultura na união dos valores estáveis e dinâmica da identidade do ser humano nos factores universais e regionais.
Tem como objectivo específico, clarificar a união que existe entre a democracia e a cultura e o Nível de Rendimento em África. Para a realização deste trabalho, recorreu – se à revisão bibliografia e a consulta de documentos adequados ao tema.
 Este trabalho é do tipo qualitativo, método indutivo partindo de dados particulares para o geral. Para melhor compreensão o trabalho comporta a seguinte estrutura Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Vai se apresentar breve historial, definição de conceitos, democracia e cultura e o seu rendimento em África.
É importante analisar este tema porque ajudará na compreensão de maneira clara como é que o indivíduo pode participar na sociedade democrática e política, e que se torne um cidadão activo comprometido com a paz, e direitos humanos na sociedade de todos os cidadãos para o bem comum.  
O estudo deste tema é pertinente, pois, permitirá descobrir a relação que existe entre a democracia e a cultura, e as devidas características que uma pessoa democrática apresenta num país culturalmente democrático. Portanto, esta pesquisa contribuirá para o desenvolvimento cientifico, pois terá algumas estratégias que ajudarão o individuo a conhecer o seu direito e dever num país  democrático.

A relevância do tema prende-se nos desafios enfrentados pelos países Africanos na sua democratização e no seu nível de rendimento, e também pelo facto de num pais democrático existirem pessoas que não respeitam a cultura dos outros.




1. BREVE HISTORIAL SOBRE A DEMOCRACIA

Foi no Ocidente, na época contemporânea que escreveram pela primeira vez o livro da democracia, onde foram apontadas as grandes realizações do século XIX e no princípio do século XX na perspectiva Ortadoxa. No entanto, o estudo da democracia num ponto de vista histórico das realidades ocidentais teve uma concepção diferente.
No entanto, o estudo da democracia foi feito num ponto de vista histórico das realidades ocidentais. Hoje a democracia é entendida de várias maneiras, como por exemplo o poder do povo pelo povo.  

2. CONCEITOS

2.1 Democracia é uma palavra de origem Grega, a mesma está dividida em duas palavras; Demos, que significa todo o conjunto de cidadãos que vivem dentro de uma determinada cidade -estado, pode também ser usado para designar uma determinada população; Kratos- significa poder ou governo
2.1.2Democracia “é regime em que todos os cidadãos têm a possibilidade de participar do poder deliberativo e judiciário”Vergniéres, 1995:250﴿
Segundo Mazula, 2000﴿ Democracia é uma forma de governo dirigida unicamente no interesse dos pobres. Pois a verdadeira democracia não é apenas organização política, requer homens com responsabilidades pessoais e colectivas, que sabem lutar com a integridade e prudência contra a injustiça e a opressão contra o absolutismo e intolerância, quer ser obra de um homem quer de um partido político. 
Segundo Bassard, 1992:223﴿ a cultura é considerada algo que está estabelecido e que leva as proporçes numa razão de superioridade”. A ideia sustenta que a cultura torna os indivíduos e as comunidades unidos numa defunção cultural na recriação cultural, social, em todas as actividades, integrando as cerimónias.
Por outro lado, pode ser considerado, como um património que se deve conservar e difundir, um sistema generativo que assegura a perpetuação. 


3. A CULTURA E A DEMOCRACIA

O ser humano é essencialmente cultural, ele nasce, vive, e morre numa determinada cultura, com o seu modo de viver a sua língua, os rituais, as instituições, os conhecimentos e valores próprios. Por isso vê o mundo a partir da sua própria cultura.
Uma das formas de democratizar a cultura é ampliar o acesso aos bens culturais universais já existentes, permitindo que as pessoas construam o seu modo próprio de ser e de participar na comunidade e na sociedade como um todo. Desta forma o cidadão encontra, então na cultura a condição para o exercício de seu juízo; é por isso que se considera que o conteúdo da cultura deveria ser definido pela ciência política; visto que, ela tem como objecto a formação do próprio cidadão. (Mazula, 2000).
Entretanto, existem dois tipos fundamentalmente a classificação cultural de obstáculos à democracia. A primeira diz respeito ás incidência sobre a democracia das diferenças nacionais, étnicas ou religiosas, que caracterizam o território geográfico onde assenta uma democracia particular, e a segunda, ao carácter potencialmente mais autoritário ou mais democrático da cultura política de uma dada sociedade.
De salientar que sempre que houver uma forte diversidade étnica as estruturas políticas tendem a organizar-se em torno de grupos étnicos em lugar de o serem em torno de grupos de interesses. Visto que quando é realizada uma eleição é sobretudo o sentimento de pertença ou o vigor demográfico em detrimento das estratégias desenhadas para incrementar o bem comum. Portanto os simpatizantes de uma cultura particular consideram as exigências como questões do princípio demasiado para aceitarem compromissos, enquanto que a resolução de conflitos políticos requer, precisamente, negociação, conciliação e compromisso.
No que concerne à abordagem segundo a qual a cultura política de uma determinada sociedade exerce uma influência decisiva no carácter democrático da sua governação
Estes visam fornecerem argumentos decisivos em defesa da ideia de que algumas culturas estão mais aptas do que outras para viver em democracia (Weber, 1958).

Contudo, caracterizando as sociedades em função da maior ou menor tolerância e confiança interpessoal chegou se também a conclusão de que as mais tolerantes e confiantes eram tendencialmente as mais democráticas (Robson, 1998).
A relação que existe entre a democracia e a cultura e de complementaridade, pois amplia o acesso aos bens culturais universais já existente, permitindo que as pessoas costuram o seu modo próprio de ser e de participar na comunidade e na sociedade como um todo, e de fazer com que todas pessoas tenham a possibilidade e a cidadania enfatizando a dimensão cultural.
A autonomia e emancipação das comunidades locais e de forma integrada na importação de bens e produtos culturais das dinâmicas culturais.
Segundo Mazula 2000﴿ a sociedade moçambicana é culturalmente diversificada, em suma é uma sociedade heterogénea. A democracia não é compatível com a homogeneização da sociedade.
Homogeneidade na qual geralmente os partidos políticos e o próprio estado assentam as suas posições, realizam as suas campanhas, tenta homogeneizar a sociedade, diferenças e particularidade.
A diversidade cultural é que faz com que não haja formas de democracia uniformes para todos os povos e que o modelo de democracia bem sucedido num pais, pode não se-lo nos outros países.
O homem democrático é aquele que age de acordo com a moral democrática, isto é, o democrático deve ser sincero, verdadeiro, respeitar o outro, saber tratar bem os outros e ser fiel na sua própria ideia, porque o democrático não deve ter pensamentos dogmáticos.
Participar politicamente e democraticamente através de voto secreto, que é a escolha dos seus representantes através de um voto livre na formação de partidos políticos democráticos que deve manifestar a vontade da maioria na governação do país com a estrutura funcional e democrática, de modo a promover a  paz e a estabilidade na sociedade,
  • Deve exercer convenientemente o poder de criticar,
  • Deve fiscalizar e  assumir dentro das capacidades próprias os cargos públicos,
Mas este acesso à cultura envolve vários aspectos tais como:
O acesso físico, económico e intelectual. Portanto, é importante dar primazia ao desenvolvimento cultural e democrático, isto é o desenvolvimento da criatividade e da inovação na igualdade de oportunidade, criar espaços culturais, facilitar o conhecimento das linguagens e torna-las  acessíveis a todos. 

4 O NÍVEL DO RENDIMENTO E A DEMOCRACIA

Apesar da democratização constituir um processo político, alguns estudos promovidos tanto por economistas assim como cientistas políticas desde meados do século. XX, estabeleceram uma relação entre o nível de desenvolvimento e o carácter democrático da governação.
 Embora se considera que o não desenvolvimento não parece dificultar a democratização mas sim o subdesenvolvimento. Assim, a estrutura económica assenta na exportação de recursos naturais e de produtos da agricultura de plantação e a desigualdade na distribuição de rendimentos. No entanto a importância reside na aplicação de um modo de desenvolvimento diferente como elemento constitutivo de uma estratégia de democratização do continente (Huber, 1993).
Portanto, vários estudos parecem demonstrar que não existem qualquer relação entre o nível do rendimento por habitante e a democracia; isto é, o nível de rendimento por habitantes não constitui nem um obstáculo decisivo nem uma condição prévia para a democratização.
 Robinson, 2006﴿ contraria este pensamento dizendo que o rendimento e a democracia aparecem correlacionados tal se deve ao facto de determinadas características de uma sociedade estarem na origem tanto da sua prosperidade assim como da natureza democrática da sua governação.
Desta forma o nível do rendimento não parece, pois, constituir uma condição necessária para a democracia o que é corroborado pelos exemplos de países democráticos de rendimento baixo. Assim a ideia que assenta a esta teoria é de que a redução dos conflitos distributivos depende mais do modo como o rendimento está distribuído do que do seu nível médio.
O panorama africano, no que diz respeito a distribuição de rendimento é muito menos  do que o ritmo do crescimento deste mesmo na altura de explicar as dificuldades sentidas no processo de democratização do continente. Por outro lado deve se ter em conta a dificuldade que existe na representação distributiva do rendimento em países que não possuem um aparelho estatístico que permite chegar a toda parte; pelo facto de ostentar um elevado nível de economia informal e subterrânea.


















CONCLUSÃO:

Após a elaboração do trabalho concluiu se que a Democracia é regime em que todos os cidadãos tem a possibilidade de participar do poder legislativo e judiciário. E a Cultura é considerada algo que esta estabelecido e que leva as proporções numa razão de superioridade. Assim, existe dois tipos de abordagem à classificação cultural de obstáculos à democracia.
 Portanto, o ser humano é essencialmente cultural pela natureza, nasce, vive e morre numa determinada cultura com o seu modo de viver e sua língua. Por outro lado, pode se considerar que a redução dos conflitos distributivos e a constituição de uma classe média vigorosa depende, certamente do nível do rendimento mas também das políticas redistributivas postas em prática pelos governos. Desta forma, o nível de rendimento não parece, pois constituir uma condição necessária para a democracia.
Contudo, pode se afirmar que, o nível do rendimento por habitante não constitui um obstáculo decisivo nem uma condição prévia para a democratização. Ou seja, não existe qualquer relação entre o nível do rendimento por habitat e a democracia. Dado que existe complementaridade entre a Cultura e a Democracia, e o nível de rendimento de um povo depende de uma boa democratização. 
De salientar que após a discussão feita ao longo  da elaboração do trabalho teve como contusão de que na realidade a cultura e a democracia tem uma relação de complementaridade. Visto que a democracia precisa de se aliar a cultura de um determinado povo para melhor democratizar o mesmo. E na cultura o povo precisa desta democracia para poder colocar as suas ideias e com uma boa complementaridade dos dois o nível do rendimento será muito elevado.






REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

António, S. 1979﴿ A Democracia Ciências Sócias 
Mázula, B. 2000﴿. A construção da democracia em  África o caso Moçambicano: o caso
Fleury, Sonia (s/d). Democracia com exclusão e desigualdade: A difícil equação
Mazula. B(1995). Democracia e desenvolvimento: edições Maputo, Moçambique.
A.VV.(2004). Carta africana sobre a Democracia, as eleições e a governação, união Africana,
 Etiópia.
Vergneses. S (1998) Ética e Política em Aristóteles: São Paulo
Mázula, B. 2000﴿. A construção da democracia em  África o caso Moçambicano: o caso
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A.VV.(2004). Carta Africana sobre a Democracia, as eleições e a governação, união Africana,
 Etiópia.
Vergneses. S (1998) Ética e Política em Aristóteles: São Paulo






REFLEXÕES CRÍTICAS PARA ANÁLISE


  1. Pode se considerar cultura o algo que mantém os grupos unidos e que os conduz a uma determinada direcção permitindo a sua sobrevivência e a dos seus membros. Também pode se considerar ao conjunto de crenças básicas, desenvolvidas por um grupo através de uma experiência comum dos seus membros na resolução de problemas de coordenação interna e de adaptação ao meio que os rodeia.
  2. Os grupos devem ser democráticos para que haja uma boa inteiração entre eles, isso permitirá um bom desenvolvimento  e rendimento permitindo a construção de boa convivência.
  3. Existe uma relação entre a democracia e acultura, na medida em que todos cingem num determinado grupo ou sociedade, e todos tem objectivos de buscar a união e boa convivência, e tem como seu objecto o indivíduo.
  4. Para que haja um bom rendimento em África deve haver união transparência nas eleições dos representantes e justiça em todos os povos.
  5. Um país democrático deve respeitar as diferenças entre os povos, haver boas regras de convivência partilha das informações, respeito aos valores, normas, crenças aceites como úteis e necessárias para manter a estabilidade e coordenação.
  6. No que concerne ao nível de rendimento e democracia existe uma relação de dependência onde, o nível de rendimento vai depender da boa democratização dentro de uma sociedade.
  7. Existe uma democracia decretada nos documentos mais quanto a sua materialização ainda apresenta algumas lacunas ao longo do seu processo eleitoral; onde as vezes a oposição acaba considerando que os resultados são viciados por aqueles que estão no poder político.
  8. Se houver algumas alterações no grupo em relação a cultura este toma ou tende a introduzir modificações ou criar novos valores que se ajuste à realidade deste grupo. O que significa que de ser valores aceites pela maioria.

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